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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Morte Súbita no Exercício e no Esporte.

(Cientistas estudam causas de morte súbita no futebol)

A morte súbita relacionada ao exercício e ao esporte
(MSEE) pode ser definida como a morte que ocorre de modo
inesperado, instantaneamente ou não. Uma outra definição
utilizada seria a da morte que ocorre de 6 a 24 horas
após prática de uma atividade físico-desportiva(1,2). A MSEE
tende a gerar grande repercussão nas diversas formas de
mídia, especialmente quando ocorre em atletas profissionais
que são considerados verdadeiros modelos de saúde.
Apesar disso, felizmente, a MSEE é um evento raro e essa
informação deve ser levada em consideração dentro do contexto
dessa diretriz, para analisar as informações de risco
relativo baixo ou alto.
Abaixo dos 35 anos de idade, as causas mais freqüentes
são as cardiopatias congênitas, sendo a cardiomiopatia hipertrófica
a mais prevalente. Acima dos 35 anos, a doença
arterial coronariana (DAC) é a causa mais comum. Wever(3)
estima que cerca de 90% das vítimas de MS possuam cardiopatia
conhecida ou não diagnosticada. Assim, na maioria
dos casos, a MSEE ocorre por causas que podem ser
detectáveis através de um exame clínico e de exames complementares
e, conseqüentemente, muitas vezes a MSEE
é um evento que pode ser evitado. A estratégia fundamental
para sua prevenção é a realização de uma avaliação médica
pré-participação específica para indivíduos envolvidos
na prática sistemática de exercícios e, sempre que possível,
uma boa infra-estrutura do ponto de vista médico nos
locais de treinamento e competição para um pronto-atendimento
em situações emergenciais, incluindo a parada cardiorrespiratória.
Esses são os principais escopos dessa Diretriz
da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte sobre
Morte Súbita no Exercício e no Esporte.

Tendinite do bíceps



Na face anterior do braço encontramos o músculo bíceps braquial, que é formado por duas porções (uma curta e uma longa). Como regra, as patologias do bíceps acometem a porção longa do mesmo, que é aquela onde o esforço de alavanca é mais intenso.
O bíceps braquial é o principal músculo envolvido na flexão do cotovelo, funcionando ainda como músculo acessório na flexão do ombro. Participa ele de atividades musculares do dia a dia, já que a flexão do braço é primordial.
Além da patologia inflamatória do bíceps por micro traumatismos de repetição ou excesso de carga, por vezes, pode ocorrer a sua ruptura, quando a alavanca de esforço é superior ao limite de resistência do tendão ou do músculo. Dentre os esportistas mais sujeitos aos processos inflamatórios e às rupturas do bíceps, encontramos os praticantes de musculação e ginástica localizada, onde o uso excessivo de peso, séries de repetição prolongadas ou mesmo o mau uso dos aparelhos causam ou uma isquemia destas estruturas ou um esforço anormal do eixo de tração, o que vem a acarretar o processo.

Sindrome do impacto


O processo de abdução normal do braço, ocorre nos primeiros 30 graus, às custas, basicamente, da musculatura deltoidiana, continuando após, pelo esforço exercido por quatro músculos (supra espinhoso, infra espinhoso, sub escapular e redondo menor) que se unem recebendo uma denominação única; tendão do manguito dos rotatores.
Ao atingir aproximadamente 60 graus de abdução, o úmero encontra resistência na articulação acrômio clavicular, obrigando que a escápula participe do movimento, deslizando. Caso isto não ocorra, por oposição de uma força contrária, as estruturas interpostas entre a cabeça do úmero e a articulação acrômio clavicular (bolsa sinovial e tendão do manguito dos rotatores) sofrem um traumatismo por esmagamento cuja magnitude é variável, sendo que o mesmo processo pode ocorrer em movimentos de circunvolução contra resistência.
Quando nos referimos à Síndrome do Impacto, estamos falando do impacto compressivo sofrido por estas estruturas, cuja magnitude poderá determinar desde pequenas tendinites do manguito dos rotatores até mesmo a ruptura de alguns dos seus tendões.
Diversas atividades cotidianas, bem como atividades esportivas e de recreação são responsáveis por esta doença que é encontrada, com certa freqüência, em nadadores de borboleta, tenistas, jogadores de volley, praticantes de musculação, praticantes de ginástica localizada , donas de casa e mesmo executivos.
Particularmente nas donas de casa, os hábitos de estender roupas em varais altos, pegar objetos em armários altos ou mesmo pegar suas bolsas deixadas no banco de trás do carro, obrigam a um movimento de alavanca contra resistência, fazendo com que ocorra um atrito entre o tendão do grupo muscular denominado manguito dos rotadores e a articulação acrômio clavicular, causando micro ou macro traumatismo.
Como conseqüência desta lesão, ocorrerá um processo inflamatório que, no caso do tendão envolvido, será definido como tendinite do supra espinhoso, tendinite do sub escapular, tendinite do infra espinhoso, bursite subacromial - deltoidiana etc .
De todas as estruturas do ombro, é o tendão do supra espinhoso o mais comumente acometido. Nos indivíduos mais idosos esta alteração é mais comum, em virtude de um processo degenerativo tissular da própria idade, acrescido de menor grau de elasticidade do tendão. Uma vez confirmado o diagnóstico desta alteração, a correção do movimento errado associado ao uso de antiinflamatórios e às infiltrações com ácido hialuronico de baixo peso molecular, produzem excelentes resultados.